quinta-feira, 30 de abril de 2015

Tao Vivo










          Eu me desfaço
         diariamente
         dos encantos
         e artifícios:
         simplesmente
        permaneço em mim.


        Da página em branco
        vou recolhendo os dias,
        me defino na sua cor
        e melodia.
        Silencio barulhos e
           dissonâncias,
        pausadamente
       me deixo por inteira
       em dança da escolha
       do entardecer do sentir.


       Quando noite fico,
       a completude das estrelas
       embala o meu sono.
       E, nessa jornada consciente
       da minha alma
       que (en)canta
       o essencial,
       teço a invisibilidade dos fatos
       no virtual
       apagar do real...


     Suzete Brainer ( Direitos autorais registrados)

     Imagem: Obra de Lidia Wylangowska.  


    Tao= Caminho ( Filosofia Taoísta).




8 comentários:

  1. Olá Suzete!

    É nessa permanência do Ser , que a alma se dilui e nasce o momento criativo...
    São bem altos os voos em que a tua poesia nasce, cresce e chega até nós leitores, deixando-nos maravilhados com a essência que espelhas em cada verso...
    Deixo-te um beijinho carinhoso, com saudades...

    ResponderExcluir
  2. Olá Suzete!

    É nessa permanência do Ser , que a alma se dilui e nasce o momento criativo...
    São bem altos os voos em que a tua poesia nasce, cresce e chega até nós leitores, deixando-nos maravilhados com a essência que espelhas em cada verso...
    Deixo-te um beijinho carinhoso, com saudades...

    ResponderExcluir
  3. Pouco a pouco, com a ascese de um interior maduro, vamos libertando o supérfluo.
    E neste processo o sentir faz-se cada vez mais presente. Fica disponível e apenas tangível na alma.
    Belo e intenso, querida Suzete. Fico a pairar nesta (tua) essência...
    BJOS :)

    ResponderExcluir
  4. a maturação dos dias...
    e a subtil vibração de um alma inquieta...

    muito belo

    beijo

    ResponderExcluir
  5. Centrada na essência do ser como página em branco para uma estruturação diária, a partir das sua novidade de sons e ruídos, de cores e nuances. Sem pressas, apreciando o percurso temporal do dia, sem ânsia de chegada à foz. Sentindo o caminho diário que se espraia até ao anoitecer, quando o sono guiado pelas estrelas "apaga" de forma consciente a realidade exterior.
    Um poema com princípio, meio e fim, com um belíssimo desenvolvimento e fecho.
    Excelente, Suzete!
    xx

    ResponderExcluir
  6. Escolher o caminho
    Mesmo que tantas vezes se
    “desintegre” nos nossos passos
    Reacender a alma

    Um poema que demostra que o caminho
    Somos nós quem o escolhemos e
    Definimos a existência

    Muito intenso
    Beijinho grande!

    ResponderExcluir
  7. Suzete, é como se passássemos, a cada dia, por um banho especial. Do que nos desfazemos elaboramos novas construções. E creio que enriquecemos a alma, com um novo sentir, que só faz brilhar a essência bem cuidada. Bjs.

    ResponderExcluir

Este é um espaço importante para você deixar inscrito:

A sua presença,

O seu sentir,

A sua leitura,

A sua palavra.

Grata por compartilhar este momento de leitura aqui!

Abraço de Paz!

Suzete Brainer.